Olá! nesse post sobre formação da fé Católica iremos apresentar alguns pontos resumidos sobre o querido livro de capa amarela, que pelo menos uma vez durante a nossa caminhada já vimos alguém carregando ou citando em alguma pregação ou formação.
Para começar, o catecismo da Igreja católica, abreviado como CIC, foi publicado em 1992 pelo Papa São João Paulo II por meio da Constituição Apostólica Fidei Depositum (depósito da fé). Porém antes da promulgação desta constituição e instituição do CIC, existiu um caminho longo que foi percorrido por quatro Papas em 30 anos.
Para falar sobre o catecismo é preciso entender a história de onde e como ele surgiu, portanto começaremos pelo Concílio Vaticano II.
Em 11 de outubro de 1962, há 57 anos, iniciou o Concílio Vaticano II (CVII), no papado de João XXIII que “tinha confiado como tarefa principal guardar e apresentar melhor o precioso depósito da doutrina cristã, para o tornar mais acessível aos fiéis de Cristo e a todos os homens de boa vontade.” (CIC. p. 7). Este concílio durou três anos, encerrando em 8 de dezembro de 1965 com o Papa Paulo VI.
Padre Paulo Ricardo em seu curso sobre o Credo Apostólico explica que o CVII surgiu para reexplicar de outra forma, as mesmas verdades de fé de sempre, pois a fé que temos baseada na Sagrada Escritura, Sagrada Tradição e Sagrado Magistério, não muda, o que pode ser mudado é a forma como é explicada.
Passados 20 anos do início do CVII, em 25 de janeiro de 1985 o Papa São João Paulo II convocou uma Assembleia Extraordinária do Sínodo dos Bispos, para celebrar o encerramento do CVII. Neste encontro os padres sinodais recorreram ao Papa para “expressar o desejo de que seja composto um Catecismo ou compêndio de toda a doutrina católica, tanto em matéria de fé como de moral, para que ele seja como um ponto de referência” (CIC. p. 8).
A partir desta demanda, o Papa São João Paulo II, em 1986 instituiu uma comissão com 12 cardeais e bispos para que fossem responsáveis pelo projeto do CIC, e o presidente desta comissão foi o Cardeal Joseph Ratzinger, que em seguida seria o Papa Bento XVI. Ainda, para incorporar esta comissão, foram convidados mais sete bispos especialistas em teologia e catequese para serem os redatores do documento.
O documento foi escrito durante seis anos, sendo publicado em 11 de outubro de 1992 com a constituição apostólica Fidei Depositum.
São João Paulo II explica o que deve ser este novo documento:
Um catecismo deve apresentar, com fidelidade e de modo orgânico, o ensinamento da Sagrada Escritura, da Tradição viva da Igreja e do Magistério autêntico, bem como a herança espiritual dos Padres, dos Santos e das Santas da Igreja, para permitir conhecer melhor o mistério cristão e reavivar a fé do povo de Deus. Deve ter em conta as explicitações da doutrina que no decurso dos tempos, o Espírito Santo sugeriu à Igreja. É também necessário que ajude a iluminar, com a luz da fé, as novas situações e os problemas que ainda não tinham surgido no passado. (CIC, p. 10).
Portanto agora, temos o Catecismo da Igreja Católica como um documento que surgiu à luz do CVII com base na Sagrada Escritura, Sagrada Tradição e Sagrado Magistério, que nos serve como referência segura para buscar os ensinamentos da doutrina católica, sobre fé e moral, acerca de diferentes assuntos.
O Catecismo é dividido em quatro partes: A profissão da fé; A celebração do Mistério Cristão; A vida em Cristo; A oração Cristã.
Na primeira parte, encontramos a explicação da Revelação, passando pelo caminho do conhecimento de Deus e a busca pela fé. Nesta parte, o catecismo explora aquilo que a Igreja Católica acredita, com base no Credo Apostólico.
A segunda parte, a celebração do mistério Cristão, apresenta a forma como celebramos a nossa fé, focando nos sete sacramentos da Igreja.
A vida em Cristo, fala sobre a vocação do homem, em como viver na sociedade, com a moral Cristã, à luz dos dez mandamentos da Lei de Deus.
Por fim, na última parte encontra-se os ensinamentos sobre a vida de oração, o modo como rezamos e vivemos espiritualmente.
O catecismo é organizado por tópicos/assuntos em parágrafos, contendo 2865 destes. Ao fim de cada tema, encontramos um singelo resumo. Com isso, podemos fazer o estudo do CIC de diferentes maneiras, como por exemplo, estudar por assuntos, ou ler o documento na íntegra, ou ainda, começar pela parte três e depois estudar a parte um. Enfim, é um documento de referência, para consulta aos ensinamentos da Santa Igreja.