Dia do nascituro

Na última semana, de 1 de outubro à 7 de outubro de 2021, aqui no Brasil, a Igreja celebrou a Semana Nacional da Família, evento este que ocorre todos os anos. Neste ano, o tema foi “Família, Santuário da vida”, uma semana destinada a refletirmos e nos alegrarmos com a beleza da vida e de também nos comprometermos com a defesa da vida, desde a concepção até o seu fim natural.

E hoje, 08 de outubro é o dia nacional do Nascituro – aquele que está por nascer -, um dia para promover a cultura da vida, de pensarmos sobre o direito de nascer da criança que ainda vive no ventre materno e de propagarmos esse respeito à vida, não importa em que fase ela esteja. É importante lembrarmos que todos nós já fomos nascituros um dia, portanto, por que não o celebrar e defendê-lo? O ventre de uma mulher deveria ser o lugar mais seguro para um bebê estar.

Um dia como este é importante, mas talvez fosse desnecessário se não houvesse na sociedade uma cultura da morte, como denominou São João Paulo II ao se referir aos movimentos ideológicos que propõe por meio da morte, a solução de problemas, infundindo nas pessoas a ideia de que para solucionar situações difíceis ou sofrimentos, o caminho é a morte. Infelizmente, as crianças têm as vidas ameaçadas por grupos econômicos poderosos que em nome de supostos “direitos humanos” menosprezam a humanidade daqueles que estão no ventre da mulher, infundindo na sociedade a ideia do aborto.

Sendo assim, além de celebrarmos o grande Dom da vida neste dia, também denunciamos com veemência toda prática de aborto provocado, por estar intimamente ligado à prática de assassinato, de um ser humano inocente, indefeso e que não tem para onde fugir. Nós nunca podemos considerar o aborto como uma opção, pois esta prática é um verdadeiro atentado contra a vida humana, e vai contra toda a lei moral natural e contra os ensinamentos da Santa Igreja.

Por fim, para entendermos o valor do nascituro, basta lembrarmos que o próprio Senhor Jesus Cristo veio ao mundo desta forma, Ele escolheu ser um nascituro, nascer da Virgem Maria, para então crescer em Estatura Sabedoria e Graça, até nos salvar na Cruz, portanto podemos perceber o valor divino que é esta fase da vida.

Um filme que jamais estará disponível no Netflix, Prime, Disney+, HBO, Telecine, Globo que você não pode deixar de ver, pois provavelmente será tirado do YouTube a qualquer momento é este – 40 Dias o Milagre da Vida!

Defender a vida vale a pena, é dom de Deus, é na família que ela surge, cresce, se desenvolve, é cuidada e amada, a família é um verdadeiro santuário de vida.

Ivana Gabriela – Ministério de Formação MAV

Catecismo da Igreja Católica (CIC)

Olá! nesse post sobre formação da fé Católica iremos apresentar alguns pontos resumidos sobre o querido livro de capa amarela, que pelo menos uma vez durante a nossa caminhada já vimos alguém carregando ou citando em alguma pregação ou formação.

Para começar, o catecismo da Igreja católica, abreviado como CIC, foi publicado em 1992 pelo Papa São João Paulo II por meio da Constituição Apostólica Fidei Depositum (depósito da fé). Porém antes da promulgação desta constituição e instituição do CIC, existiu um caminho longo que foi percorrido por quatro Papas em 30 anos.

Para falar sobre o catecismo é preciso entender a história de onde e como ele surgiu, portanto começaremos pelo Concílio Vaticano II.

Em 11 de outubro de 1962, há 57 anos, iniciou o Concílio Vaticano II (CVII), no papado de João XXIII que “tinha confiado como tarefa principal guardar e apresentar melhor o precioso depósito da doutrina cristã, para o tornar mais acessível aos fiéis de Cristo e a todos os homens de boa vontade.” (CIC. p. 7). Este concílio durou três anos, encerrando em 8 de dezembro de 1965 com o Papa Paulo VI.

Padre Paulo Ricardo em seu curso sobre o Credo Apostólico explica que o CVII surgiu para reexplicar de outra forma, as mesmas verdades de fé de sempre, pois a fé que temos baseada na Sagrada Escritura, Sagrada Tradição e Sagrado Magistério, não muda, o que pode ser mudado é a forma como é explicada.

Passados 20 anos do início do CVII, em 25 de janeiro de 1985 o Papa São João Paulo II convocou uma Assembleia Extraordinária do Sínodo dos Bispos, para celebrar o encerramento do CVII. Neste encontro os padres sinodais recorreram ao Papa para “expressar o desejo de que seja composto um Catecismo ou compêndio de toda a doutrina católica, tanto em matéria de fé como de moral, para que ele seja como um ponto de referência” (CIC. p. 8).

A partir desta demanda, o Papa São João Paulo II, em 1986 instituiu uma comissão com 12 cardeais e bispos para que fossem responsáveis pelo projeto do CIC, e o presidente desta comissão foi o Cardeal Joseph Ratzinger, que em seguida seria o Papa Bento XVI. Ainda, para incorporar esta comissão, foram convidados mais sete bispos especialistas em teologia e catequese para serem os redatores do documento.

O documento foi escrito durante seis anos, sendo publicado em 11 de outubro de 1992 com a constituição apostólica Fidei Depositum.

São João Paulo II explica o que deve ser este novo documento:

Um catecismo deve apresentar, com fidelidade e de modo orgânico, o ensinamento da Sagrada Escritura, da Tradição viva da Igreja e do Magistério autêntico, bem como a herança espiritual dos Padres, dos Santos e das Santas da Igreja, para permitir conhecer melhor o mistério cristão e reavivar a fé do povo de Deus. Deve ter em conta as explicitações da doutrina que no decurso dos tempos, o Espírito Santo sugeriu à Igreja. É também necessário que ajude a iluminar, com a luz da fé, as novas situações e os problemas que ainda não tinham surgido no passado. (CIC, p. 10).

Portanto agora, temos o Catecismo da Igreja Católica como um documento que surgiu à luz do CVII com base na Sagrada Escritura, Sagrada Tradição e Sagrado Magistério, que nos serve como referência segura para buscar os ensinamentos da doutrina católica, sobre fé e moral, acerca de diferentes assuntos.

O Catecismo é dividido em quatro partes: A profissão da fé; A celebração do Mistério Cristão; A vida em Cristo; A oração Cristã.

Na primeira parte, encontramos a explicação da Revelação, passando pelo caminho do conhecimento de Deus e a busca pela fé. Nesta parte, o catecismo explora aquilo que a Igreja Católica acredita, com base no Credo Apostólico. 

A segunda parte, a celebração do mistério Cristão, apresenta a forma como celebramos a nossa fé, focando nos sete sacramentos da Igreja.

A vida em Cristo, fala sobre a vocação do homem, em como viver na sociedade, com a moral Cristã, à luz dos dez mandamentos da Lei de Deus.

Por fim, na última parte encontra-se os ensinamentos sobre a vida de oração, o modo como rezamos e vivemos espiritualmente. 

O catecismo é organizado por tópicos/assuntos em parágrafos, contendo 2865 destes. Ao fim de cada tema, encontramos um singelo resumo. Com isso, podemos fazer o estudo do CIC de diferentes maneiras, como por exemplo, estudar por assuntos, ou ler o documento na íntegra, ou ainda, começar pela parte três e depois estudar a parte um. Enfim, é um documento de referência, para consulta aos ensinamentos da Santa Igreja.

Jesus ressuscita para a vida

Hoje meditamos a décima quinta estação da Paixão de Nosso Senhor: Jesus ressuscita para a vida

Nós vos adoramos, Senhor Jesus Cristo, e vos bendizemos. Porque pela vossa santa cruz remistes o mundo.

“Por que buscais entre os mortos aquele que vive? Não está aqui. Ressuscitou! Lembrai-vos do que ele vos falou, quando ainda estava na Galileia: ‘É necessário o Filho do Homem ser entregue nas mãos dos pecadores, ser crucificado e, no terceiro dia, ressuscitar’” (Lc 24,5b-8).

E é por meio da ressurreição que podemos ter a certeza daquilo que já havia sido dito: “o amor de Deus é mais forte do que a morte” (cf. Ct 8,6). Há várias passagens na bíblia sagrada que podemos refletir, mas São Paulo mostra o quanto a nossa fé só tem sentido com base na paixão e ressurreição do Senhor:  

“Ora, se se prega que Jesus ressuscitou dentre os mortos, como dizem alguns de vós que não há ressurreição de mortos? Se não há ressurreição dos mortos, nem Cristo ressuscitou. Se Cristo não ressuscitou, é vã a nossa pregação, e também é vã a vossa fé”. (1 Coríntios 15, 12-14)

Além disso muitos santos da Igreja falam e meditam sobre o assunto, São João Paulo II fala que:

“Cristo Ressuscitou. É este o acontecimento novo e prodigioso, verdadeiro e incontroverso, sobre o qual tudo se funda; é esta, de há muito e para sempre, a pedra angular, rejeitada pelos construtores. E, em nenhuma outra, senão nela, existe a salvação .”

Acreditamos em um Cristo ressuscitado, e a Sua ressurreição é um fato histórico incontestável. É o que celebramos semanalmente nas missas dominicais, é o centro da nossa fé, é o que nos torna cristãos. Se Cristo ressuscitou acreditamos que nós também podemos viver eternamente, e que o caminho do céu também é para nós.

Ele ressuscitou! Aleluia! Aleluia! Quanta alegria!

Após, Reze

  • 1 Pai Nosso,
  • 1 Ave-Maria e
  • 1 Glória ao Pai em agradecimento por ter nos dado a vida, e vida em abundância!