Hoje meditamos a décima quarta estação da Paixão de Nosso Senhor: Jesus é sepultado
Nós vos adoramos, Senhor Jesus Cristo, e vos bendizemos. Porque pela vossa santa cruz remistes o mundo.
José pegou no corpo de Jesus, envolveu-o num lençol limpo e depositou-o no seu túmulo novo, que tinha mandado escavar na rocha. Depois, rolou uma grande pedra para a porta do túmulo e retirou-se. Entretanto, estavam ali Maria de Madalena e a outra Maria, sentadas em frente do sepulcro. Mt 27,59-61
Agora chega também um homem rico, José de Arimateia. Sepulta Jesus no seu túmulo ainda intacto, num jardim: o cemitério onde fica sepultado Jesus transforma-se em jardim, no jardim onde fora expulso Adão. O túmulo no jardim faz-nos saber que o domínio da morte está para terminar. E chega também um membro do Sinédrio, Nicodemos, a quem Jesus tinha anunciado o mistério do renascimento pela água e pelo Espírito. Sobre a hora do grande luto, da grande escuridão e do desespero, aparece misteriosamente a luz da esperança. A Igreja de Jesus Cristo, a sua nova família, começa a formar-se.
No momento da deposição, começa a realizar-se a palavra de Jesus: «Em verdade, em verdade vos digo: Se o grão de trigo, caindo na terra, não morrer, fica ele só; mas, se morrer, dá muito fruto» (Jo 12, 24). Jesus é o grão de trigo que morre. Do grão de trigo morto começa a grande multiplicação do pão que dura até ao fim do mundo: Ele é o pão de vida capaz de saciar em medida superabundante a humanidade inteira e dar-lhe o alimento vital: o Verbo eterno de Deus, que Se fez carne e também pão, através da cruz e da ressurreição. Sobre a sepultura de Jesus resplandece o mistério da Eucaristia. Do sepulcro brilha a promessa do grão de trigo, do qual provém o verdadeiro maná, o pão da vida
(Vatican News, Papa Bento XVI).
“Senhor, os três dias parecem-nos tão longos! Os nossos irmãos fortes cansam-se, os irmãos fracos escorregam cada vez mais fundo. Dai perseverança aos fortes, animai os fracos e convertei todos os corações. Senhor, fazei-nos perseverantes na união com a Igreja do silêncio e na aceitação da necessidade de desaparecer e morrer como o grão de trigo.”
(Cardeal Joseph Zen Ze-Kiun, s.d.b. – Bispo de Hong Kong, 2008).
Medita essa estação com calma e reflete: Tenho deixado a minha fé dentro do sepulcro ou sou testemunha da ressurreição? Tenho me deixado morrer como o grão de trigo ou ainda me apego a pecados que não me permitem dar frutos? Quais as dificuldades que enfrento que dificultam na minha perseverança e que me fazem não conseguir passar os três dias até que chegue a ressurreição?
Após refletir, reze
- 1 Pai Nosso, 1
- Ave-Maria e
- 1 Glória ao Pai.