Romanos 12, 12

Eaí galeeera, beleza? Como vocês estão?

Saudade de nos reunirmos, ficar batendo papo, comer aquele lanche pós reunião, fazer aquela bagunça de sempre, rezar juntos, ver as crianças correndo nas reuniões e dar um abraço apertado em todos. Somos só nós que estamos com essa saudade ou vocês também?!?!?

Estamos vivendo um período bem diferente na nossa vida, e até na história da Igreja. Um período em que não podemos estar pertinho daqueles que amamos, não conseguimos com tanta facilidade nos confessar e receber Jesus… inclusive em muitos momentos não conseguimos estar em comunhão com Deus, mesmo estando mais em casa e teoricamente com mais tempo disponível.

Muitos de nós estamos trabalhando mais que o normal, colocando em ordem aquelas coisas que nunca conseguimos fazer, tentando organizar a vida para quando voltarmos ao normal, não é mesmo?

Mas e a nossa fé, como está? Nossa vida de oração?

Tudo isso que vivemos já não é fácil, mas se estivermos distantes de Deus, fica mais difícil ainda, por isso hoje a proposta é para refletirmos como está a nossa intimidade com o Cristo ressuscitado. A nossa diferença em relação àqueles que não tem fé, é justamente ter fé em Deus, acreditar que o sentido da nossa vida vai muito além desse momento de sofrimento, é confiar que Deus não nos abandona, é nos jogarmos nos braços do Pai e deixar Ele conduzir nossa vida. É estar firme na rocha mesmo diante da tribulação. Deus é esta rocha, apegue-se a Ele.

Precisamos manter nossa rotina de oração, e para quem ainda não tinha essa rotina, esse é o momento de iniciar! Separe um momento do seu dia para ficar com Deus, conversar com Ele, ler a palavra, rezar, meditar, rezar o terço, conversar com o seu Santo de devoção, pedir a ele que te ajude a viver esse tempo. Separe este momento e seja fiel, encontre-se com Deus diariamente.

Uma carta de São Paulo para nós

Na carta que São Paulo escreveu aos Romanos, ele nos dá um conselho que podemos tomar para nós todos os dias, especialmente nesse momento que pode ser desesperador ou bagunçado para muitos

“Sede alegres na esperança, pacientes na tribulação e perseverantes na oração”

(Rm 12, 12)

Vamos, alegre-se com a vida que Deus te deu, com o seu trabalho, com o seu estudo, com a família… alegre-se por ter a tecnologia que te une a outras pessoas. Alegra-te! Caso o desânimo e tristeza assombre os seus pensamentos, lembre que estais de pé! Que podes levantar da cama para ver o mundo pela janela, sentir a brisa do vento e assim perceber que é menos um dia para o final dessa crise. Isso tudo vai passar, as tribulações servem para nos fortalecer e santificar, para nos unirmos ao sofrimento de Cristo. Seja paciente! Junte-se a Deus, fique com Ele durante seus afazeres, reze algumas jaculatórias durante o dia, coloque uma imagem santa próximo ao seu local de trabalho/estudo, leia sobre os santos, a doutrina e a bíblia, veja filmes que te edifique, coloque-se no colo de Maria e sob a proteção de São José, reza ao teu Anjo da guarda para te proteger e inspirar. Esteja em comunhão com o céu, reze!

Essa é a oportunidade que temos de restabelecer a nossa intimidade com Deus, de firmar o compromisso de entrega e buscarmos o céu.

Leu uma passagem bíblica e achou interessante? Compartilha com outras pessoas, reflitam sobre ela. Vai rezar o terço? Liga para um amigo e rezem juntos! Estejamos unidos em oração, na esperança e na paciência.

Deus jamais abandona suas ovelhas, tenha fé!

Que Deus lhe abençoe!

Salve Maria.

Ministério de Formação 

Maria, humana como nós

É comum meditarmos a Santidade da Virgem Maria, mas você já parou para meditar a humanidade de nossa Senhora?

Em toda a história da salvação Deus nos deixa claro, seja pela voz do profeta (Isaías) ou mesmo no Gênesis quando declara a inimizade entre a serpente e a mulher, que uma mulher (humana) daria luz ao salvador. Ele não viria nem de uma divindade e muito menos desceria do céu em meio a trombetas, viria como nós, nascido de uma mulher.

A santidade da Virgem Maria

É comum meditarmos a santidade da Virgem Maria, mas por vezes esquecemos de notar o quanto essa santidade está intimamente ligada a humanidade de nossa Senhora. São João Paulo II sabiamente nos escreveu na constituição dogmática Lumem gentium que “todos são chamados à santidade, e a todos coube a mesma fé e justiça de Deus” (Lumem gentium, 32) . Isso quer dizer que em nossa qualidade humana temos como princípio a busca da santidade, nossa vocação primeira é a de sermos Santos. Nossa Senhora, portanto, seguiu sua vocação primeira com perfeição, atingindo a santidade por ser perfeitamente humana.

Se prestarmos atenção, a sagrada escritura nos mostra traços claros da humanidade de nossa Senhora. Um exemplo está no episódio da anunciação.

Neste episódio, Maria encontrava-se possivelmente recolhida, talvez em oração ou até mesmo nos afazeres de casa, quando o anjo Gabriel adentrou dizendo “Ave cheia de graça, o Senhor é contigo”. Na sequência, a palavra nos diz que Maria ficou cheia de surpresa e confusa com tal saudação. 

A jovem mulher

Aqui precisamos nos imaginar no episódio. Nossa Senhora era uma jovem mulher de uns 15 anos, de muita fé e principalmente com muito conhecimento das sagradas escrituras, sendo assim, sabia perfeitamente o que aquela saudação do anjo significava. Qualquer um de nós, humanos, ficaria surpreso e até mesmo assustado naquela situação e com Maria não foi diferente, ela ficou confusa, talvez até assustada.

O anjo então toma a palavra, acalma nossa Senhora e explica que ela faria parte da história da salvação, do cumprimento das promessas de Deus, sendo o meio pelo qual o Salvador viria ao mundo. Ao fim da explicação, é possível imaginar o silêncio que pode ter tomado conta daquele ambiente: Maria, uma simples jovem, havia sido convidada para participar de algo que mudaria completamente a sua história, a história da humanidade. A resposta de nossa Senhora nesse momento definiria tudo e ela, na sua humanidade, disse sim, mas não apenas um sim qualquer. Maria disse o seu fiat! (faça-se) e mostrando toda a sua pequenez humana para trazer o Deus vivo a este mundo, entregou esta tarefa nas mãos de Deus.

Maria com certeza teve muitos desafios durante a sua vida. Além de viver em uma época muito difícil para as mulheres, nossa Senhora precisou abrir mão de muitas coisas para servir inteiramente a Deus. Ela entregou suas vontades, seus planos, tudo o que tinha para ser inteiramente a medianeira, aquela que geraria e faria crescer o filho de Deus.

Nossa senhora além de gerar e cuidar da criação e educação de Jesus, fazendo-o crescer em tamanho e sabedoria, também foi responsável pelos cuidados da casa e também de São José seu esposo que, segundo a tradição, tinha mais idade que ela. Sendo assim, além da visão de mãe terna e carinhosa, Maria nos ensina a determinada determinação que se deve ter no servir a Deus no ordinário de cada dia.

É comum em nossa juventude meditarmos sobre as vocações e principalmente sobre como vamos buscar a santidade no ordinário dos nossos dias.

Maria foi um exemplo de extraordinário no ordinário da sua vivência humana. 

Pensando no ordinário e na busca de santidade no dia a dia, temos em nossas casas exemplos de seres humanos que, às vezes sem saber, estão buscando a santidade, são eles os nossos pais. Por vezes eles vivem sacrifícios diários a favor da nossa criação e educação, seja para pôr comida na mesa ou então para nos dar condições melhores no futuro, eles sempre estão dispostos a se gastarem pelo nosso melhor. O que seria isso se não uma profunda vivência humanitária, atos de amor fraterno por uma criatura de Deus que veio ao mundo através deles – a profunda vivência humanitária nos aproxima da santidade, nos ensina a Virgem Maria. Portanto, devemos perceber que em cada gesto de humanidade existe um toque divino, um aroma Santo, que nos aproxima de Deus e nos assemelha a Nossa Senhora.

O exemplo do “SIM” de Maria

A partir da humanidade de Maria e do seu “sim”, deu-se início ao cumprimento da promessa da salvação. A partir do “sim” humano de nossos pais, deu-se início a nossa história de salvação particular. Agora chega a nossa vez.

Que Maria seja exemplo de ser humano para cada um de nós e que, ao reflexo dela, possamos viver o extraordinário no ordinário das nossas vidas, amando e servindo a Deus em cada gesto simples de humanidade.

Por Vinicius Bandeira

A Comunhão Espiritual

Salve Maria! Fala Movimento Água Viva e todos os homens e mulheres de Deus. Como bem sabemos, estamos passando por um tempo difícil de grande provação a nível mundial. Toda a humanidade está lutando contra o COVID-19, e por conta desse fator as Santas Missas foram suspensas e não podem acontecer por conta do contágio. Dessa forma, as recomendações dos bispos locais é que vivemos a Santa Missa, por todos os meios de comunicação (TV, Facebook, Instagram). O Santo Padre, o Papa Francisco recomendou que todos os fiéis fizerem o exercício da comunhão espiritual na homilia do dia 19 de março, Solenidade de São José.

Percebe-se que esse assunto de comunhão espiritual está em evidência na vida de todo o Católico, e muita gente fica na dúvida de como realizar esse momento que foi recomendado por toda a Igreja. Primeiro todos precisamos entender que a comunhão espiritual torna possível um encontro com Deus, como qualquer outro momento de oração. Porém, recita-se a oração da comunhão espiritual em casos que algum fiel não consiga ir à Missa de preceito (por causa de um motivo maior, é claro), ou quando o mesmo se encontra em estado de pecado não confessado e não pode comungar do Corpo de Nosso Senhor. Dessa forma existe a orientação de realizar uma oração que faça você viver uma união com Deus, que ama a todos nós sem limites

Uma dúvida que é comum de surgir para os Católicos, é: Qual a diferença da comunhão Eucarística e da espiritual? Tem o mesmo valor?

Como bem sabemos a comunhão Eucarística ocorre quando participamos da Santa Missa e estamos livres de pecado grave, assim recebemos o Corpo de Cristo na hóstia consagrada pelo sacerdote. Já a comunhão espiritual é receber Jesus só que sem que esteja na hóstia consagrada, ou seja, não comungamos o Corpo de Cristo. Mesmo existindo a diferença entre elas o valor é o mesmo, o que importa de fato é o teu encontro pessoal com o Mestre, deixar todas as preocupações de lado, as contas que precisam ser pagas, o estresse, a dor, os medos, as felicidades, as conquistas… É reconhecer que de uma forma ou de outra, a tua alma irá encontrar Aquele que é de mais precioso na nossa vida. São Leonardo Porto Maurício, diz o seguinte sobre a comunhão espiritual: “O recebem em espírito, fazendo atos de fé viva e ardente caridade, e com um grande desejo de se unirem ao soberano Bem, e, por meio disto, se põem em estado de obter os frutos do Divino Sacramento.”

Complementando o que já foi explicado.

Existe uma antiga tradição exercida pelos mais velhos de antes de entrar na fila da comunhão, realizar uma oração de comunhão espiritual para viver dignamente o encontro do Corpo de Cristo com todo o nosso ser. Veja, a Missa precisa ser toda vivida, temos que ir preparando nosso coração e nossa alma para encontrar o Esposo que nos aguarda

A comunhão espiritual foi recomendada de forma incisiva pelo Concílio de Trento (D 881).

São Tomás de Aquino também define de forma perfeita o que é a comunhão espiritual, veja: “consiste num desejo ardente de receber Jesus Cristo sacramentalmente e num amplexo amoroso, como se já fora recebido.” Para terminar segue alguns exemplos de comunhão espiritual para que possamos praticar durantes os nossos encontros com o Senhor.

“Eu quisera Senhor, e meu Deus, receber-vos com aquela pureza, humildade e amor com que vos recebeu a vossa Santíssima Mãe, e com o fervor, e espírito dos Santos.”

“Vinde, JESUS adorável, vinde ao meu pobre coração; vinde saciar meu desejo; vinde meu adorado JESUS, vinde ó dulcíssimo JESUS!”

“Desejai, então, vivamente receber o adorável JESUS, oculto por vosso amor, no Santíssimo Sacramento.”

São Tomás de Aquino

Vamos nos manter alimentados e unidos ao Cristo neste período de pandemia, lembrando que Ele é a nossa força e sustento para enfrentar todas as situações.

Ministério de Formação – MAV

Doutrina Social da Igreja

Olá para você que entra mais uma vez em nosso site, nesse post trazemos um tema que muitos Católicos não sabem que existe, que é a doutrina social. Diversas vezes esse assunto é confundindo com os ensinamentos doutrinais referente a fé, ou seja, toda a explicação existente na oração do Creio. Temos que entender, separar e colocar cada coisa no seu lugar. Deixando claro que a doutrina social e a doutrina da fé Católica andam juntas e se complementam diante dos temas apresentados nos documentos. Pois bem, caso queria saber um pouco sobre doutrina da fé veja o seguinte post (CIC).

Doutrina é um ensino, sendo a Doutrina Social da Igreja – DSI, o ensinamento da Igreja de como o ser humano deve viver em sociedade, a começar da primeira sociedade que é a família, tratando da atividade econômica, atividade política, e as diversas atividades exercidas em sociedade, à luz do Evangelho, na revelação vivida pela Igreja.

A DSI começa com a própria igreja, existindo desde o seu início, e desenvolve um ensinamento, sobre juros, usura, preço justo, lucro, politica, família…

Tem seu início sistemático à partir de 1891, com a (encíclicas sociais) Encíclica Rerum Novarum, do Papa Leão XIII, passando a possuir uma especificidade magisterial, a doutrina social que estava diluída no ensinamento da Igreja, ganha um espaço, com um específico magistério social da Igreja

87 A locução doutrina social remonta a Pio XI e designa o corpus doutrinal referente à sociedade que, a partir da Encíclica Rerum novarum (1891) de Leão XIII, se desenvolveu na Igreja através do Magistério dos Romanos Pontífices e dos Bispos em comunhão com eles.

(Parágrafo 87 do Compêndio)

Desde a Rerum Novarum, foram escritas diversas encíclicas papais que tratam da Doutrina Social da Igreja, sendo que no ano de 2004 a DSI foi organizada em um compêndio, organizado pelo Pontifício Conselho Justiça e Paz, que apresenta de forma sistemática o conteúdo da doutrina social da Igreja produzido até aquela ocasião.

Veja as etapas do ensinamento social católico em ordem cronológica:

De 1891 até hoje, a doutrina social da Igreja foi um ensinamento constante por parte de todos os papas.

Leão XIII (1878-1903), na Rerum Novarum (1891), denunciou as condições miseráveis em que vivia a classe operária, protagonista da revolução industrial.

Pio XI (1922-1939), na Quadragesimo Anno (1931), amplia a doutrina social cristã. Aborda o difícil tema do totalitarismo, encarnado nos regimes fascista, comunista, socialista e nazista.

Pio XII (1939-1958), papa durante a guerra e o pós-guerra, focaliza a atenção nos “sinais dos tempos”. Ainda que não tenha publicado uma encíclica social, em seus numerosos discursos há uma imensa variedade de ensinamentos políticos, jurídicos, sociais e econômicos.

João XXIII (1958-1963), na Mater et Magistra (1961) e na Pacen in Terris (1963), abre a doutrina social “a todos os homens de boa vontade” e, assim, a questão social se torna um tema universal que afeta e é responsabilidade de todos os homens e povos.

– Com a Constituição pastoral Gaudium et spes (1965), o Concílio Vaticano II sublinha o rosto de uma Igreja realmente solidária com o gênero humano e sua história. Já na declaração Dignitatis humanae (1965), o Concílio enfatiza o direito à liberdade religiosa.

Paulo VI (1963-1978), na Populorum Progressio (1967) e na Octogesima adveniens (1971), afirma que o desenvolvimento “é o novo nome da paz” entre os povos. Ele cria o Pontifício Conselho “Justiça e Paz”.

João Paulo II (1978-2005) compromete-se na difusão do ensinamento social em todos os continentes. Escreveu três encíclicas sociais: Laborem Exercens (1981), Sollicitudo Rei Socialis (1987) e Centesimus Annum (1991). Além disso, o Compêndio da Doutrina Social da Igreja (2004) leva a sua assinatura apostólica.

Bento XVI (2005), em sua encíclica social Caritas in veritate (2009), defende o desenvolvimento integral da pessoa pautado caridade e na verdade.

A DSI, documentada através destas encíclicas é a palavra da Igreja em termos de solução de problemas sociais e políticos, do mundo, e possui quatro princípios permanentes: A dignidade da pessoa humana; o bem comum; a subsidiariedade; a solidariedade.

Princípio da Dignidade humana

Cristo, o Filho de Deus, “com a Sua encarnação, num certo sentido, se uniu a cada homem” por isso a Igreja reconhece como sua tarefa fundamental fazer com que tal união se possa continuamente atuar e renovar. Em Cristo Senhor, a Igreja indica e entende, ela mesma por primeiro, percorrer a via do homem, que convida a reconhecer em toda e qualquer pessoa, próxima ou distante, conhecido ou desconhecido, e sobretudo no pobre e em quem sofre, um irmão “pelo qual Cristo morreu” (Compêndio 105)

Princípio do bem comum

Por bem comum se entende: “o conjunto de condições da vida social que permitem, tanto aos grupos, como a cada um dos seus membros, atingir mais plena e facilmente a própria perfeição” (Compêndio 164)

Princípio da Subsidiariedade

O princípio de subsidiariedade protege as pessoas dos abusos das instâncias sociais superiores e solicita estas últimas a ajudar os indivíduos e os corpos intermédios a desempenhar as próprias funções. A experiência revela que a negação da subsidiariedade, ou a sua limitação em nome de uma pretensa democratização ou igualdade de todos na sociedade, limita e, às vezes, também anula, o espírito de liberdade e de iniciativa. (Compêndio 187)

Princípio da Solidariedade

Em face do fenômeno da interdependência e da sua constante dilatação, subsistem, por outro lado, em todo o mundo, desigualdades muito fortes entre países desenvolvidos e países em desenvolvimento, alimentadas também por diversas formas de exploração, de opressão e de corrupção, que influem negativamente na vida interna e internacional de muitos Estados. “A solidariedade, portanto, se apresenta sob dois aspectos complementares: o de princípio social e o de virtude moral”. (Compêndio 193)

Por fim, resume-se que a doutrina social da igreja tem como fundamento principal buscar a igualdade de todos em dignidade e direitos, ao caminho comum dos homens e dos povos para uma unidade cada vez mais convicta.

“A doutrina Social da Igreja é como uma verdadeira revolução antropológica, cuja proposta é anunciar a verdade de Cristo na sociedade. É colocar a verdade de Cristo na sociedade, na vida do povo, para que haja justiça.”

Cardeal italiano Camillo Ruini.

Por Ivana Gabriela

Código Direito Canônico

Olá, nesse post sobre formação da fé Católica, nós do Movimento Água Viva iremos apresentar alguns assuntos introdutórios sobre outro documento importantíssimo da nossa Igreja, o Código Direito Canônico. Famoso documento que é citado em diversos livros e vídeos de leitos e sacerdotes. Confira abaixo um pouco sobre esse riquíssimo tesouro que temos.

É o documento que reúne o conjunto de leis canônicas referentes à Igreja Católica Apostólica Romana, ao clero e leigos observando as obrigações e deveres de cada um. Dá orientações legais acerca de diferentes condutas relacionadas com a Igreja. Para as leis morais, recomenda-se recorrer ao Catecismo da Igreja Católica. 

Códigos canônicos sempre existiram…

Porém não de forma sistematizada em um único livro, organizado e de fácil acesso. Aos dias de iniciar o CVII, o papa João XXIII convocou além do concílio, um sínodo dos Bispos sobre Roma e uma Comissão Episcopal para reescrever o Código de Direito Canônico (CDC) que já existia. A comissão responsável por esse trabalho, optou por esperar o concílio encerrar para depois escrever o documento, pois este dependia das orientações que estavam por vir, sobre os entendimentos que o Magistério teria acerca de diversos assuntos que são tratados no CDC.

Após quase 20 anos o papa João Paulo II, com a carta apostólica Sacrae Disciplinae Leges, promulga o Código de Direito Canônico, no dia 25 de janeiro de 1983

Em forma de estrutura

O Código é dividido em sete partes, sendo elas: 

1° Normas gerais, a igreja, o que ela rege.

2° O povo de Deus, a estrutura da igreja.

3° O múnus de ensinar da Igreja, o modo como ensinar.

4° Do múnus de Santificar a Igreja, sacramentos.

5° Os bens temporais da igreja, como administrar os bens.

6° Livro penal, sanções.

7° processos, como proceder.

É dividido também em forma de parágrafos (aqui chamados de cânon). No final do livro também é possível pesquisar por tema/palavra chave. 

Por fim, o CDC juntamente com o direito Romano, foram bases fundamentais para o desenvolvimento do direito civil ocidental.

Por Ivana Gabriela

Catecismo da Igreja Católica (CIC)

Olá! nesse post sobre formação da fé Católica iremos apresentar alguns pontos resumidos sobre o querido livro de capa amarela, que pelo menos uma vez durante a nossa caminhada já vimos alguém carregando ou citando em alguma pregação ou formação.

Para começar, o catecismo da Igreja católica, abreviado como CIC, foi publicado em 1992 pelo Papa São João Paulo II por meio da Constituição Apostólica Fidei Depositum (depósito da fé). Porém antes da promulgação desta constituição e instituição do CIC, existiu um caminho longo que foi percorrido por quatro Papas em 30 anos.

Para falar sobre o catecismo é preciso entender a história de onde e como ele surgiu, portanto começaremos pelo Concílio Vaticano II.

Em 11 de outubro de 1962, há 57 anos, iniciou o Concílio Vaticano II (CVII), no papado de João XXIII que “tinha confiado como tarefa principal guardar e apresentar melhor o precioso depósito da doutrina cristã, para o tornar mais acessível aos fiéis de Cristo e a todos os homens de boa vontade.” (CIC. p. 7). Este concílio durou três anos, encerrando em 8 de dezembro de 1965 com o Papa Paulo VI.

Padre Paulo Ricardo em seu curso sobre o Credo Apostólico explica que o CVII surgiu para reexplicar de outra forma, as mesmas verdades de fé de sempre, pois a fé que temos baseada na Sagrada Escritura, Sagrada Tradição e Sagrado Magistério, não muda, o que pode ser mudado é a forma como é explicada.

Passados 20 anos do início do CVII, em 25 de janeiro de 1985 o Papa São João Paulo II convocou uma Assembleia Extraordinária do Sínodo dos Bispos, para celebrar o encerramento do CVII. Neste encontro os padres sinodais recorreram ao Papa para “expressar o desejo de que seja composto um Catecismo ou compêndio de toda a doutrina católica, tanto em matéria de fé como de moral, para que ele seja como um ponto de referência” (CIC. p. 8).

A partir desta demanda, o Papa São João Paulo II, em 1986 instituiu uma comissão com 12 cardeais e bispos para que fossem responsáveis pelo projeto do CIC, e o presidente desta comissão foi o Cardeal Joseph Ratzinger, que em seguida seria o Papa Bento XVI. Ainda, para incorporar esta comissão, foram convidados mais sete bispos especialistas em teologia e catequese para serem os redatores do documento.

O documento foi escrito durante seis anos, sendo publicado em 11 de outubro de 1992 com a constituição apostólica Fidei Depositum.

São João Paulo II explica o que deve ser este novo documento:

Um catecismo deve apresentar, com fidelidade e de modo orgânico, o ensinamento da Sagrada Escritura, da Tradição viva da Igreja e do Magistério autêntico, bem como a herança espiritual dos Padres, dos Santos e das Santas da Igreja, para permitir conhecer melhor o mistério cristão e reavivar a fé do povo de Deus. Deve ter em conta as explicitações da doutrina que no decurso dos tempos, o Espírito Santo sugeriu à Igreja. É também necessário que ajude a iluminar, com a luz da fé, as novas situações e os problemas que ainda não tinham surgido no passado. (CIC, p. 10).

Portanto agora, temos o Catecismo da Igreja Católica como um documento que surgiu à luz do CVII com base na Sagrada Escritura, Sagrada Tradição e Sagrado Magistério, que nos serve como referência segura para buscar os ensinamentos da doutrina católica, sobre fé e moral, acerca de diferentes assuntos.

O Catecismo é dividido em quatro partes: A profissão da fé; A celebração do Mistério Cristão; A vida em Cristo; A oração Cristã.

Na primeira parte, encontramos a explicação da Revelação, passando pelo caminho do conhecimento de Deus e a busca pela fé. Nesta parte, o catecismo explora aquilo que a Igreja Católica acredita, com base no Credo Apostólico. 

A segunda parte, a celebração do mistério Cristão, apresenta a forma como celebramos a nossa fé, focando nos sete sacramentos da Igreja.

A vida em Cristo, fala sobre a vocação do homem, em como viver na sociedade, com a moral Cristã, à luz dos dez mandamentos da Lei de Deus.

Por fim, na última parte encontra-se os ensinamentos sobre a vida de oração, o modo como rezamos e vivemos espiritualmente. 

O catecismo é organizado por tópicos/assuntos em parágrafos, contendo 2865 destes. Ao fim de cada tema, encontramos um singelo resumo. Com isso, podemos fazer o estudo do CIC de diferentes maneiras, como por exemplo, estudar por assuntos, ou ler o documento na íntegra, ou ainda, começar pela parte três e depois estudar a parte um. Enfim, é um documento de referência, para consulta aos ensinamentos da Santa Igreja.

COMO AVANÇAR NA VIDA DE SANTIDADE

Nós, que já participamos da igreja a algum tempo, temos sempre um desejo de querer nos aprofundar na vida de santidade. Podemos cair na tentação de querer ser novidadeiros, buscar sempre algo novo – mirabolante – para fugir da mesmice das pregações que sempre ouvimos. Mas, por que não revisitarmos o que já sabemos para relembrar aquilo que é essencial? Vamos lá, todos já ouvimos e sabemos: somos amados por Deus, Deus é amor e nós queremos retribuir o seu amor amando – sendo santos.

Se queremos nos aprofundar na vida de santidade, primeiro é preciso fazer a pergunta fundamental: o que é ser santo? Diz o Papa Francisco:

“Tu tens que descobrir quem és e desenvolver o teu caminho próprio de ser santo, independentemente daquilo que dizem e pensam os outros. Chegar a ser santo é tornar-te mais plenamente tu mesmo, ser aquele que Deus quis sonhar e criar, não uma fotocópia”.

(Christus Vivit, n. 162)

Ou seja, ser santo é tornar-se aquilo que se é: filho de Deus! E, como sabemos que fomos criados por Amor e para Amar, ser santo é tornar-se capaz de viver totalmente na lógica do amor. Por isso, tornar-se santo nos pede um processo profundo e intenso de autoconhecimento. Esse processo precisa ser feito na dinâmica das três relações do amor: a mim mesmo, ao próximo e a Deus. Podemos pensar o fazer-se santo como um exercício diário de descobrir quem eu sou através do como eu amo. Ser santo é, descobrindo-me, aceitando-me, superando-me, tornar-me capaz de amar sempre mais e melhor.

Mas, como posso fazer isso?

Lembram daquele jovem rico? Pois bem, vamos ver o que Cristo nos ensina com a vida dele.

Tendo perguntado ao Cristo o que era preciso fazer para ter a vida eterna (tinha desejo de santidade!) a resposta foi: “Observa os mandamentos”. Mas, isso o jovem já fazia. Então, perguntou: “Que me falta ainda?” – Jesus respondeu: “Se queres ser perfeito, vai, vende os teus bens, dá aos pobres, e terás um tesouro no céu. Depois, vem e segue-me”. (Cf. Mt 19, 16-26)

O que Cristo pede ao catequisado é algo simples, mas não fácil. Desapega-te, deixa de lado a mentalidade de que apenas seguir os mandamentos é o que te faz perfeito, é a mensagem de Jesus. O que te faz perfeito, santo, é a caridade – e, através dela, o seguimento Aquele que nos traz a boa nova. Se queres ser santo, vive na ótica do amor e vem, tu – sem riquezas, sem seguranças, apenas tu – e segue-me, é o chamamento a cada um de nós. Torna-te santo, torna-te capaz de doar o que tens aos necessitados – seja atenção, carinho, afeto, dinheiro ou apenas a alegria que brota do teu encontro com Deus.

Cristo nos convida, através daquele jovem, a voltar o nosso olhar sobre aquilo que é o centro do anuncio cristão: Deus é amor! (1 Jo 4, 8). De novo, pedindo auxílio ao Papa, podemos dizer que o centro da nossa fé (e as verdades que nos tornam santos!) são essas: Deus nos ama! Cristo nos Salva! Ele vive! (Christus Vivit, cap. IV)

Se queremos ser perfeitos, precisamos lembrar sempre dessas três verdades. Tendo descoberto cada uma delas, precisamos anunciá-las com as nossas vidas, através da alegria da nossa juventude. Quem descobriu este grande tesouro do amor de Deus, do Cristo que salva e da vida que Dele brota, não pode ser triste! Ele é o motivo da nossa alegria e, por isso, não podemos desanimar.

Ser Água Viva é ser esse sinal no mundo de uma alegria que contagia. É ser sinal no mundo enquanto pessoas santas, encontradas, que se amam, amam os outros e conhecem o Amor. Ser Água viva é muito mais que obedecer mandamentos, muito mais que decorar normas, muito mais que não pecar contra os mandamentos. Ser Água viva é dar vida a água parada que o mundo é.

E aí, o que falta na minha vida e na tua vida para que nós possamos ser esse sinal de amor? Quais dimensões da nossa existência precisamos revisitar, arrumar, lavar com a água do amor para superar uma vida de “cumpro minhas obrigações” e transformá-la em uma vida de “vivo a caridade”? O que precisa de um novo impulso de amor?

Para cada um de nós fica o convite:

Enquanto lutas para moldar teus sonhos, vive plenamente o hoje, entrega tudo e enche de amor cada momento. Porque é verdade que este dia pode ser o último, e então vale a pena vivê-lo com toda vontade e com toda profundidade possível”.

(Christus Vivit, n. 148)

Por Paulo Zanelato Silvano13 de janeiro de 2020

Aniversário de 29 anos do MAV :)

Nosso momento de comemoração dos 29 anos do Movimento. Será um momento de convivência e descontração.

Como vai funcionar?

Pedimos que a cada dois levem um prato para ser compartilhado (salgadinho, torta salgada, pão de queijo, bolo) e um refrigerante, suco ou água.

Santa Missa

De lá iremos direto para a Santa Missa em ação de graças ao Movimento, e depois da missa partiremos um bolo com a comunidade!

Bora passar uma tarde maravilhosa com os irmãos e terminar com a presença de Deus, tem jeito melhor de comemorar?? Contamos com a presença de todos!!

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12º semana: São Mateus

Pontos práticos

  1. Peça a intercessão de São Mateus diariamente para que ele possa nos guiar como movimento
  2. Que durante nosso dia tenhamos São Mateus como espelho nas nossas ações, aquele que respondeu e seguiu prontamente ao Senhor.
  3. Procure ler sobre a vida de São Mateus e pesquisar mais sobre esse santo durante sua semana.

Leituras

Segunda: Mateus 10, 1-10
Terça: Lucas 5, 27-32
Quarta: Mateus 12, 46-50
Quinta: Mateus 18, 19-20
Sexta: João 15, 16-17
Sábado: João 15, 20-22
Domingo: Mateus 28, 18-20